segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A alta-costura se rendeu ao Fast Fashion

Produzido e postado por:Danielle Villanova e Marcia Alves 


O CAMINHO DA LANVIN ATÉ À H&M





Em paris de 1890, uma francesa, chamada Jeanne  Lanvin, aprendiz de costureira,inicia a carreira como chapeleira, daí começa a fazer roupas para sua filha e as cliente que compravam chapéus com ela se encantam com suas criações. As encomendas começam a se multiplicar e então ela abre uma loja/boutique na rua Du Faubourg Saint-Honoré.

Tempos depois Jeanne Lanvin entrou para o sindicato de alta-costura e passou a ser uma “couturiére”. Isso era em 1909 e ela já tinha também artigos de decoração, moda masculina, peles e lingeries para vender nas suas lojas.
O sucesso foi tanto que ela abriu até uma fábrica de tintas, que criava cores originais e sutis da sua “paleta Lanvin”.
Com a sua morte, quem  administrava era sua filha, que quando morreu deixou pra uma prima e assim vários estilistas passaram por lá. Hoje quem toma conta das criações é Alber Elbaz, que já trabalhou no Guy, no Yves Saint Laurent, na Krizia, entre outras.
Por conta disso tudo a H & M disponibiliza produtos baratos não para popularizar a Lanvin, mas sim a Lanvin trazer luxo para H & M.

E a alta-costura se rendeu. 

Quando o fast fashion, teve um boom, no começo dos anos 2000, a alta costura torceu o nariz para a nova invenção das indústrias.
Pois os consumidores teriam uma das principais tendências, com uma rapidez nunca vista antes, antes mesmo das marcas que lançam as tais tendências e essas peças ainda teriam um precinho amigo.
E a partir daí a moda nunca mais foi à mesma.
Os grandes magazines ou as redes de Fast Fashion conseguiam colocar a venda, peças que tinham surgido duas semanas antes nos desfiles de grandes grifes.
Foi quando a alta costura percebeu que se não podia contra eles, deveria juntar-se a eles.
E assim foram criadas pequenas coleções assinadas por nomes de peso, sendo ele estilista ou marcas famosas.
E a última a se render aos encantos da venda em massa, foi Alber Elbaz, da Lanvin.
Antes do lançamento, ele fez a seguinte declaração ao site da Vogue Inglesa: “Já tinha dito no passado que nunca faria uma coleção para o mercado de massas, mas o que me intrigou foi à idéia de a H&M ir ao encontro do luxo e não da Lanvin se tornar mais popular. Foi um exercício excepcional, em que duas empresas em pólos opostos podem trabalhar juntas".
E assim no último 20 de novembro, foi lançado a coleção mais esperada do ano.
Simplesmente Lanvin para a loja de departamentos H&M e as mulheres do mundo todo foram à loucura.
Pois a loja de alta costura se tornou acessível a nós, “pobres mortais”.
Com uma coleção feminina composta por 30 peças e 15 acessórios, os preços vão de $9,95 a $349, valores baixos se tratando da alta costura francesa.



   

Um comentário: